Os sinais da presença de Deus no meio de nós
A Santíssima Trindade foi, é e sempre será algo de difícil compreensão, porque gera controvérsias, dúvidas e discussões intermináveis. Mas, para tentar compreender a expressão da Santíssima Trindade é lembrar as palavras do apóstolo Paulo: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (II Co 13,14).
Paulo demonstra com a benção apostólica que a graça e o amor de Deus, e também a comunhão do Espírito Santo sendo franqueada a cada um de nós, de forma individual. Esses são três sentimentos envolvidos numa mesma ação abençoadora: A graça; o amor e a comunhão de Deus. É a graça que nos permite sermos redimidos e totalmente restaurados diante de Deus. Já o amor nos possibilita que a graça nos alcance e faça de cada um de nós novas criaturas. E por fim, a comunhão é a consequência imediata da união do amor com a graça. Foi o amor de Deus que enviou Jesus Cristo ao mundo para que nós pudéssemos receber a graça que estava N’Ele e pudéssemos ser redimidos dos nossos erros. Foi o amor de Deus que possibilitou que vivamos em comunhão com Deus por toda a eternidade.
É por isso que Deus nos diz que mesmo sendo provados, nunca seremos vencidos; pois é Deus quem nos sustenta; e, quem confia os seus problemas, angustias e tribulações a Deus, não espalha e sim junta. Mas, como é difícil fazer algumas pessoas entenderem isso, elas preferem trazer a tona suas “superioridades” e procurar demonstrar que para viver bem devem contar somente com a “sua exclusiva atuação”. Assim, devemos ter a certeza de que os valores espirituais têm uma importância ímpar para Deus; e, que são através deles que vamos nos elevar até a Sua presença. É por isso, que Ele nos diz: “Eu te chamo pelo teu nome; ponho-te o teu sobrenome, ainda que não me conheças, mesmo sem conhecê-lo” (Is 45,4). Ou seja, Deus, por amor a cada um de nós, quando deixamos, se achega nos chama pelo nome e nos transforma em vitoriosos através do Seu infinito amor. Foi isso que Ele fez com Jesus; é isso que Deus quer fazer com você. E, faz isso para que saibamos que somente Ele pode renovar e restaurar a nossa vida, nos fazendo co-participes do Seu plano maravilhoso que tem como objetivo maior transformar o mundo em um lugar melhor para se ver e viver. Este é um laço que jamais se partirá. Jesus disse: “Eu subo para meu Pai e vosso pai, meu Deus e vosso Deus” (Jo 20,17).
Para o nosso bem Jesus subiu ao Céu; para o nosso bem Jesus vive e tomou assento a direita de Deus. Que mensagem! Que esperança! O pecado estava derrotado e o inimigo vencido. O caráter de Jesus que tinha sido injustamente manchado por suas acusações infundadas, agora está plenamente restaurado através do amor que Ele nutre por cada um de nós. Foi por entender isso muito bem que João trouxe a tona uma expressão mais condensada do Evangelho quando afirmou: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).
Os sinais da presença de Deus no meio de nós estão resumidos nesse único versículo, demonstrando que a graça, que vem de graça, restaura, de forma inconteste, a nossa natureza tendente ao erro, que nos redimiu na cruz do calvário, não porque mereçamos, mas um presente exclusivo da parte de Deus. Já o amor é o que possibilita toda esta mobilização dos céus em nosso favor. Um amor tão intenso e inigualável, que fez com que o próprio Deus, descesse a terra e cumprisse o mandato de justiça que estava imposto sobre nós.
Jesus foi, é e sempre será o mediador de toda bondade que flui diretamente do trono de Deus para toda a humanidade e permitindo que o Espírito Santo de Deus dirija a nossa vida; até porque cabe ao Espírito Santo de Deus nos fazer viver o melhor da vida cristã: Uma comunhão de coração e alma, construindo relações baseadas no amor que Jesus colocou em nossos corações. Esse deve ser o nosso maior motivo de ações de graças e louvor, pois recebemos de Deus tudo que temos através das mãos bondosas de Jesus; é por isso que só a Ele nós devemos render nosso louvor e adoração.
É por isso que a Santíssima Trindade tem o condão de chacoalhar a nossa vida, pois podemos dizer que Deus Pai é a graça; Já Deus Filho é o amor; e, por fim Deus Espírito Santo é a estupenda possibilidade de vivermos, de forma plena, ampla e total certeza da possibilidade de vivermos uma comunhão com esse maravilhoso Deus que, todos os dias, nos chama para lugares que você nunca sonhou, para fazer coisas que nunca imaginou; além de demonstrar claramente que existe apenas um caminho que se pode chegar a Ele: Jesus Cristo. E, assim viver a certeza de que “o próprio Senhor irá à sua frente e estará com você; ele nunca o deixará, nunca o abandonará. Não tenha medo! Não desanime!” (Dt 31,8).
A unidade daqueles destinatários do mistério do amor de Deus
Hoje vamos continuar tratando da maravilhosa divulgação feita por Jesus de que somos de Deus. Mas, por incrível que pareça, isto não significa que Jesus divulgou tudo o que havia para ser revelado; ou, no sentido contrário, que pela natureza dessa revelação a Sua proposta de salvação e de libertação ficou incompleta. Não foi isso que aconteceu.
Vou explicar: As palavras de Jesus sobre a possibilidade da nossa ligação com Deus referem-se ao tempo da existência cristã no mundo, porque Ele (Jesus), Deus Pai e o Espírito Santo são um. Você pode perguntar como isso é possível? Para que eu possa tentar responder, vou recorrer à palavra de Deus e relembrar o que Jesus nos diz em João 17,11: “Eu já não estou no mundo. Eles permanecem no mundo, enquanto eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que tu me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um”.
Sei que isso não responde a questão; porém, imagine se nada disso fosse verdade? E se fosse tudo um grande engano, uma tremenda, escandalosa e horrorosa falsidade. O que seria de cada um de nós? Não quero nem pensar.
Até porque, vejo que se não fosse verdade à “Graça do Senhor Jesus Cristo”, não haveria salvação. Até porque a definição da Graça do Senhor é o amor gratuito de Deus, espontâneo, imerecido para todos nos que somos pecadores. É a fonte-matriz da salvação. Significa que, porque o Senhor é misericordioso, nós, pecadores, somos perdoados, purificados, restaurados e, por fim salvos. Graças a Deus por isso.
Assim, hoje o recado de Deus para a nossa vida é que não devemos nos preocupar com os problemas, as angustias e as decepções que teimam em acontecer na nossa caminhada, devemos buscar N’Ele, e somente N’Ele, todo o suporte necessário para que possamos descansar nos Seus braços, pois somente assim “terás confiança, porque haverá esperança; olharás ao redor de ti e repousarás seguro” (Jó 11,18), tendo a certeza que somente o Deus Pai, o Deus Filho e o Deus Espírito Santo pode (assim mesmo no singular) restaurar as nossas vidas e transformar os nossos corações.
O caminho da daqueles destinatários do mistério do amor de Deus
Eu tinha inúmeras formas de encerrar a semana em que tratamos da alegria de sermos de Deus; mas, a melhor delas é afirmar, nessa manhã de sexta-feira, que Deus, através do Seu infinito amor por cada um de nós, pode e quer resgatar a nossa alegria. Isso é simplesmente supimpa;
Até porque, por incrível que pareça às tribulações que enfrentamos são passageiras e transitórias; e essa transitoriedade demonstra que Deus está nos concedendo agora à possibilidade de recebermos todo o Seu poder e glória. Esse é um incomparável presente DAquele que nos ama incondicionalmente; foi esse amor que O fez enviar o Seu único Filho ao mundo para restaurar a aliança perdida; e, para cumprir essa missão Jesus teve que morrer por cada um de nós. E, haja amor!
Imaginem a situação: A vida se esvai na cruz, as forças de Jesus o abandonam, sua mente em agonia, não apenas pelas dores físicas, mas, sobretudo, pelo peso incomensurável do pecado de todos nós que era derramado sobre Ele. E, tudo isso só por amor de nós. Diante desse extremo o que Deus deixaria de fazer pela nossa vida?
Por isso e reconhecendo a magnitude deste amor, deixe Jesus se aproximar de você; deixe que Ele traga a certeza da esperança e nos conduza para a segurança. Creia, Ele pode tudo, e o amor que Ele nutre por você, vem desde a eternidade. Experimente esse amor, abra a porta do seu coração e convide Cristo para entrar na sua vida e constate que Ele vai fazer toda a diferença na sua forma de ver e enfrentar os problemas.
E, essa certeza das palavras de Jesus demonstra só duas alternativas: Ou fazemos da nossa vida um cortejo fúnebre, sem esperança a exemplo daqueles que acompanham um cadáver, em atitude de choro, de luto e de desespero. Ou vamos ao sentido contrário e procuramos em Jesus trilhar um caminho de esperança, de ressurreição, de transformação do choro em alegria, de morte em vida, mas não em qualquer vida; mas sim uma vida de plenitude, uma vida que nos leva ao coração de Deus. E, sendo seguidores de Jesus, só nos resta a segunda posição. Alegro-me, verdadeiramente em dizer: Não temos outra alternativa!
A escolha é nossa. A única coisa que precisamos fazer é, querer mais do Senhor; é querer mais da Sua santidade; é preciso ter o anseio e o desejo de subir o monte, e repetir em alto e bom som as palavras do salmista: Resplandeça Senhor o Teu rosto e a Tua alegria sobre cada um de nós.
A alegria daqueles destinatários do mistério do amor de Deus
Neste dia quero lhe dizer uma grande verdade: Deus nos ama incondicionalmente; e, que por conta desse amor, a alegria da sua vida não está perdida; Deus quer resgatar essa alegria; foi por isso que Cristo “tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si” (Is 53,4). Mas, você, por estar um pouco cético com as adversidades da vida, pode perguntar: O que podemos fazer para resgatar a alegria?
Tenho a convicção que você sabe que durante a nossa jornada vamos nos deparar com dissabores, angustias e decepções; mas, não é para desanimar, Deus nos mostra através da cena relatada por João (Jo 17, 1 a 11), que independentemente do tamanho da sua dor, Deus é bem maior do que ela. E essa minha afirmação tem como base o Ministério de Jesus, onde encontramos a promessa que Deus está preparando algo tão maravilhoso para a sua vida e que pode ser vivido aqui: Uma vida pautada na alegria perene.
Na verdade, o texto de João demonstra o que devemos fazer na nossa vida como cristãos: Seguir em frente, independente das condições externas e procurar aliviar os nossos problemas no Espírito Santo de Deus que nos levará a encontrar com Cristo vivo face a face; e, assim a tão sonhada alegria.
Mas, para isso é necessário investir na reorganização do nosso mundo interior, levando em conta a proposta de amor que nos foi apresentada por Cristo; e, para isso é preciso conhecer e por em prática os parâmetros do Seu Ministério para a nossa forma de ver e viver no mundo. E, como se faz isso? É cogente responder um sonoro e seguro “sim” ao Seu chamado de amor para que posamos, juntamente com Deus, modificar o mundo para melhor e de uma forma radical, proporcionando aos seres humanos uma nova maneira de pensar, de agir, de ver e viver no mundo.
Pois, somente assim, vamos poder reconhecer todo o Poder e a autoridade de Deus nas palavras proferidas por Paulo na epístola aos Coríntios, que nos diz: “A nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem passam, e as que se não vêem são eternas” (II Co 4,17-18). Esta é a verdade proposta por Cristo hoje para a nossa vida.
O Caminho seguro do amor ao lado do Senhor
Durante essa semana o foco das nossas conversas será numa parte bem curta do Evangelho de João (Jo 13, 31-35), mas com uma importância fundamental no entendimento da dinâmica de Deus, porque apresenta de forma bem direta toda a essência do Ministério de Jesus. E, para não deixar você na curiosidade, quero lhe dizer que essa a essência do Ministério de Jesus é: O amor ao próximo!
E, para compreendermos bem essa essência, faz-se necessário ter em mente que as palavras proferidas por Jesus situam-se num contexto bem especial: No último discurso de Jesus, durante a última ceia, que prefiro chamar de primeira, pois foi ali que ele instituiu a eucaristia.
E, isso demonstra que àquele jantar foi o maior laboratório de tratamento psíquico e enriquecimento da arte de pensar que se tem notícia. Jesus, que estava prestes a ser morto e torturado, começa a falar de amor e diz a Judas: “O que você pretende fazer, faça-o logo” (Jo 13,27); e, logo depois da saída de Judas para efetuar a traição, Jesus volta-se àquele grupo e anuncia o início do processo da concretização do projeto de Deus para o mundo e a glorificação dele próprio, que era o enviado de Deus.
Jesus vai demonstrando àquelas pessoas que a Sua fidelidade ao projeto de Deus O levaria Jesus à Cruz do Calvário; mas, que isso não é sinal de derrota, mas da máxima vitória e permanente de Deus. E, para que os discípulos consigam entender tudo isso, Jesus afirma que no Seu reino as relações são completamente diferentes das que existem na sociedade, afirmando que o maior é aquele que serve e entrega a eles a Sua última dádiva, que é um novo mandamento: “Eu dou a vocês um mandamento novo: amem-se uns aos outros. Assim como eu amei vocês, vocês devem se amar uns aos outros” (Jo, 13, 34).
Forte não? Para entendermos bem o que aqueles homens passaram, agora eu gostaria de contar para vocês uma história que ouvi há algum tempo, que, na verdade, começa com uma pergunta: “O que diria você se soubesse que alguém recebeu uma grande herança e não tomou posse dela e viveu toda a sua vida passando provações e necessidades e finalmente morresse como um indigente, não obstante toda a fortuna que tinha a sua disposição?” Certamente você taxaria essa pessoa de louca e, no mínimo de negligente;
Isso porque, aos olhos humanos esse fato seria inconcebível; mas em termos espirituais isso acontece a cada instante, quando não conseguimos amar aos outros como Jesus nos amou, estamos renegando a maior de todas as heranças que Jesus nos deixou. Somos herdeiros descuidados e não cuidamos desse estupendo mandamento que Ele nos deixou.
Mas, o que há de novo neste mandamento? O que diferencia a proposta de amor de Jesus aos Seus discípulos das outras propostas já conhecidas? O mundo do tempo de Jesus, tanto na sociedade pagã como judaica, conhecia propostas de amor mútuo. Porém, esse mandamento de Jesus é novo, primeiro porque ele é um amor incondicional e unilateral, não depende de ações ou reconhecimento do ser amado; ou seja, todos nós podemos agora experimentar, plenamente, a presença do Reino de Deus; e, essa possibilidade nos foi concedida pelo sacrifício de Jesus. Esse sacrifício foi suficiente para restaurar a nossa aliança com Deus; esse sacrifício de Jesus que morreu para que todos nós pudéssemos ter vida eterna através D’Ele.
Por essa razão, o modelo deste amor é o exemplo do próprio Jesus “assim como eu vos amei!”. E como foi que Jesus nos amou? Entregando a sua vida, para que todos nós pudéssemos “ter a vida e a vida plenamente” (Jo 10,10) através do amor de Deus.
E, isso não aconteceu por acaso, mas porque Deus “amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3,16). E, mesmo que esse amor faça um reboliço na sua vida, chegando até a vira-la de cabeça para baixo, também vai lhe trazer a certeza que é esse amor que o vai levar a viver a maravilhosa promessa de que “enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo;” (Is 25,8).
Você reza ou ora?
Devido a minha postura assumidamente ecumênica, algumas pessoas evangélicas me perguntam, você reza ou ora? Prontamente lhes respondo: rezo e oro.
Eu tanto rezo quanto oro porque, em primeiro lugar, rezar e orar são sinônimos desde suas raízes latinas: orar vem do termo orare que significa pronunciar uma fórmula ritual, oração, frase, enquanto rezar vem do latim recitare de onde temos o verbo recitar que significa dizer (orar) em alta voz.
No Brasil criou-se por parte dos evangélicos a distinção entre os termos, conotando-se a palavra rezar para o ato de se fazer orações decoradas. Ironicamente, as orações recitadas não sofrem, por parte destes, qualquer relação com o termo rezar. O hábito de recitar salmos e versículos lhes é comum, porém, mesmo fazendo, não admitem que estão rezando!
À palavra orar foi dado o sentido de fazer orações espontâneas. Entretanto, o sentido original da palavra, que é pronunciar, permite que o termo também seja relacionado ao ato de proferir orações previamente estabelecidas e até mesmo decoradas.
Alguns argumentam que as orações decoradas não expressam o sentimento do coração. Este é, na verdade, um problema muito sério, que jamais seria resolvido com orações espontâneas. Pois não são as palavras que fazem autênticas as orações, mas sim o Espírito em que se ora. Neste ínterim, podemos comparar a oração à música, onde na maioria das vezes a melhor interpretação não se dá pelo compositor. É comum vermos intérpretes expressarem muito mais sentimento e originalidade que o próprio autor da música.
Eu gosto de recitar (rezar) Salmos, o Pai Nosso e outros textos bíblicos. Tenho alguns deles decorados e comumente os uso em meus devocionais. Honestamente, me acho incapaz de fazer orações melhores que estas. É nas Escrituras Sagradas que encontro as mais perfeitas expressões dos sentimentos de minha alma.
Também gosto de recitar, repetidas vezes, versículos e orações breves. Há quem condene isso por dizer se tratar de “vãs repetições”, tal qual descritas por Jesus em Mateus 6.7. O problema dessa acusação é que ela não expressa a verdade que Jesus estava retratando. Jesus não estava criticando as orações repetidas, mas sim o pensamento de quem deseja impor sua própria vontade sobre a vontade de Deus através de muitas palavras. O que Jesus está dizendo é que é o espírito do orador e não as palavras proferidas que torna as repetições vãs. E neste aspecto podemos dizer sem medo de errar que muitas orações espontâneas não passam de vãs repetições. E haja repetições de “aleluias”, “glórias a Deus”, “louvado sejas” e glossolalias para preencher o tempo de oração! Pois pensam que pelo tempo que gastam e seu muito falar serão ouvidos por Deus.
Não há nada de errado em orar/rezar repetidamente. O erro está em nossas motivações que fazem com que as repetições e qualquer forma de oração tornem-se vãs. O próprio Jesus ensinou a pedir repetidamente, de forma insistente, conforme vemos em Lucas 11.5-8. Se isso já não bastasse, Ele mesmo orou repetindo, por aproximadamente três horas, as mesmas palavras: “E, indo um pouco adiante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres. E, indo segunda vez, orou, dizendo: Meu Pai, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade. E, deixando-os de novo, foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras” (Mateus 26.39,42,44).
Seja recitando, rezando, declamando, orando, cantando, clamando ou agradecendo de forma espontânea, lida ou decorada; em pensamento, falando ou se calando: achegue-se a Deus e Ele se achegará a você.
Pe. Antonio Bastos